quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Causa da Esclerose Lateral

Pesquisa desvenda causa da Esclerose Lateral Amiotrófica.
Doença está mais perto de possibilidade de cura

Neurônios: Em pacientes com ELA, as proteínas se aglomeram em composto tóxico que adoece a célula e a mata - Arquivo

RIO - Doença que vem recebendo grande atenção nos últimos anos — especialmente com o “desafio do balde de gelo”, que tomou a internet em 2014 —, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) está mais perto do que jamais esteve de uma possibilidade de cura. Um dos grandes obstáculos para entender como essa doença neurodegenerativa surge é o fato de os cientistas não saberem que tipo de relação entre as células faz os neurônios motores morrerem. 

O mistério, porém, terminou ontem. Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, divulgaram a primeira descrição científica de como as proteínas neuronais se aglomeram em um composto tóxico que torna a célula doente e, por fim, a mata.

Publicado na edição on-line da revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), o estudo é considerado um passo crucial para o desenvolvimento de drogas que possam interromper a formação desses aglomerados e deter a progressão da doença, que costuma ser severa. Pacientes com ELA sofrem paralisia e morte precoce, em consequência da perda de neurônios motores, que são essenciais para se mover, falar, engolir e respirar.

O portador da doença mais conhecido mundialmente é o físico britânico Stephen Hawking, de 72 anos, que descobriu o problema aos 21 anos. Na época, os médicos chegaram a dizer que ele teria apenas alguns anos a mais de vida. Hawking, no entanto, não só superou as sombrias previsões como se tornou um dos cientistas mais respeitados do mundo depois do diagnóstico, apesar das limitações físicas impostas pela ELA.

MEDICAMENTOS À VISTA

Com o mistério sobre o surgimento da doença aparentemente resolvido, cientistas se mostram esperançosos com a possibilidade de um controle sobre este e outros males neurodegenerativos.
— Um dos maiores enigmas da saúde tem sido como lidar com doenças neurodegenerativas. Ao contrário de muitos tipos de cânceres e outras condições, nós não temos, no momento, qualquer poder contra essas doenças — destacou o autor sênior do estudo, Nikolay Dokholyan, professor de Bioquímica e Biofísica na Universidade da Carolina do Norte. — Este estudo é um grande avanço, pois lança luz sobre a origem da morte dos neurônios motores e poderá ser muito importante para a descoberta de medicamentos.

O estudo se concentra em um subconjunto de casos de ELA que estão associados a mutações em uma proteína conhecida como SOD1. Estima-se que de 1% a 2% dos pacientes têm esse tipo de variação. No entanto, mesmo no restante dos pacientes, a proteína SOD1 tem a capacidade de formar aglomerados potencialmente tóxicos no cérebro. Os pesquisadores descobriram que a SOD1 cria aglomerados temporários de três moléculas, conhecidos como trímeros, capazes de matar células neuronais motoras cultivadas em laboratório.

— Este é um passo importante porque até agora ninguém sabia exatamente quais interações tóxicas estão por trás da morte de neurônios motores em pacientes com ELA — disse Elizabeth Proctor, que é autora principal do estudo e era estudante de pós-graduação no laboratório de Dokholyan quando a pesquisa foi realizada. — Sabendo como esses trímeros são, podemos tentar projetar drogas que iriam impedir a formação deles ou sequestrá-los antes que eles possam causar danos. Estamos muito animados com as possibilidades.

CONJUNTOS SÃO A CHAVE

A relação entre a ELA e mutações da proteína SOD1 foi observada ainda no início dos anos 1990. Entretanto, a forma exata pela qual a proteína se agregava demorou mais de duas décadas para ser identificada. Um dos aspectos que dificultaram essa descoberta foi o fato de esses aglomerados tóxicos se desintegrarem pouco tempo depois de sua formação, o que faz com que eles sejam extremamente difíceis de estudar.
— Acredita-se que o que os torna tão tóxicos, em parte, é a sua instabilidade — explicou Elizabeth, que agora é pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). — Sua natureza instável os torna mais reativos a partes da célula que não deveriam afetar.

Para desvendar o mistério de como é a aparência desses aglomerados e como eles afetam as células, a equipe de pesquisa usou uma combinação de modelagem computacional e experimentos em células vivas. Elizabeth passou dois anos desenvolvendo um algoritmo personalizado para determinar a estrutura dos trímeros. Esse feito foi comparado a mapear a estrutura de um novelo de lã depois de fotografar trechos apenas da sua camada mais externa e, em seguida, descobrir como todos se encaixam.
Uma vez que a estrutura dos trímeros foi estabelecida, a equipe passou vários anos desenvolvendo métodos para testar os efeitos dos trímeros em células neuronais motores cultivadas em laboratório. Os resultados foram claros: proteínas SOD1 que se ligaram em trímeros foram letais para as células neuronais motores, enquanto as outras proteínas SOD1 não prejudicaram o organismo.

Daqui para frente, a equipe pretende investigar a “cola” que mantém as trímeros unidos, a fim de encontrar drogas que possam separá-los ou evitar que eles se formem.
Além disso, dizem os estudiosos, esta descoberta pode ajudar a lançar luz sobre outras doenças neurodegenerativas, como os males de Alzheimer e de Parkinson, entre outras.
— Há muitas semelhanças entre as doenças neurodegenerativas — ressaltou o professor Nikolay Dokholyan. — O que nós encontramos aqui parece corroborar o que já se sabe sobre o Alzheimer, e se pudermos descobrir mais sobre o que acontece na ELA, existe potencial para compreender as raízes de muitas outras doenças neurodegenerativas.


FONTE: OGLOBO.GLOBO - POR 
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/pesquisa-desvenda-causa-da-esclerose-lateral-amiotrofica-18378222#ixzz3vnnaRTS0 © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Comprimidos do Sono.

Comprimidos para dormir: Há riscos e "facilitismo na prescrição", diz especialista

Os estudos mostram que cerca de 250 mil portugueses podem já depender deles. As autoridades internacionais aconselham a rever as "as práticas de prescrição e utilização" seguidas em Portugal. Um médico de clínica geral e uma especialista em sono falam dos riscos do uso excessivo.

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Helena* tem 63 anos e começou a tomar comprimidos para dormir há cerca de 40. Durante grande parte da sua vida ativa chefiou departamentos de vendas de publicidade. “Objetivos para cumprir, trabalhar com multinacionais... Era muito complicado, em termos de stresse. Havia períodos em que me custava muito a adormecer, por estar mais tensa ou preocupada. Depois de pegar no sono, dormia bem, mas até lá era horrível.” O transtorno bipolar que lhe foi diagnosticado também não ajudava.
O médico de família e o psiquiatra prescreveram-lhe indutores do sono durante décadas e, ocasionalmente, ansiolíticos. “Tomava os indutores durante alguns meses, deixava-os quando já não sentia necessidade e voltava a eles quando precisava. Desde que dormisse, ficava ótima. Não sentia efeitos secundários. Nunca me falaram de riscos dos indutores para a saúde mas advertiam-me que os ansiolíticos poderiam dar problemas de memória, se fossem tomados durante muito tempo.”
Hoje, reformada e com uma vida bem mais calma, o principal culpado dos seus problemas de sono desapareceu mas admite que continua a recorrer a ajuda para dormir (benzodiazepina), de vez em quando. “Continuo a ter insónias, mas muito menos.”
Dormir em 5... 4... 3... 2...
Foram dois períodos de depressão (ainda que ‘leve’, segundo ela), desencadeados pelo fim de um relacionamento, que levaram Marta*, hoje com 39 anos, a procurar ajuda farmacológica para as noites de insónia, em 2008 e 2010. As exigências do trabalho, na área das tecnologias de informação, não se compadeciam com a privação de sono e também não ajudavam a tornar as noites mais tranquilas. “Como não gosto mesmo nada de sofrer, fui logo ao médico à procura de soluções. Receitou-me comprimidos para dormir em dois períodos de cerca de seis meses, acompanhados de um antidepressivo, que também tomei por igual período. A causa de ambas as depressões estava determinada e, basicamente, manifestava-se através de graus elevados de ansiedade, irritabilidade, etc. Para dormir, foi-me prescrito um indutor de sono, que tomava quando estava claramente incapaz de adormecer e andava às voltas na cama.” As mudanças começaram a logo a fazer-se sentir: “Em 5 ou 10 minutos, punha-me a dormir como uma pedra. No dia seguinte, acordava perfeitamente, como se nada se tivesse passado. Aos poucos, à medida que me sentia melhor, fui espaçando cada vez mais a toma dos comprimidos, até que os abandonei definitivamente e sem problemas.”

À frente no consumo de ansiolíticos
Marta acredita que a sua terapia foi bem orientada, mas vários estudos mostram que nem sempre é tão criteriosa a maneira como os medicamentos para os problemas de sono são receitados. Há milhares de portugueses que recorrem a eles durante décadas, à semelhança de Helena.
Um inquérito da DECO, em 2013, estimava que 250 mil portugueses sofressem de dependência de comprimidos para dormir. Numa amostra de 12.500 inquiridos, um quarto das pessoas que dizia tomar comprimidos para dormir mostrou sinais de “uso problemático”. Um quinto admitiu ficar nervoso se não os tiver à mão ou não tomar a horas.
O estudo estimava ainda que um quarto dos portugueses já tivesse tomado comprimidos para dormir numa fase da vida e que o consumo era maior entre mulheres, pessoas com mais de 65 anos, com problemas económicos, baixos níveis de instrução e desempregados.
Também em 2013, o INFARMED publicou o estudo ‘Psicofármacos: evolução do consumo em Portugal Continental (2000 – 2012)’, onde dava conta de que a toma de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, a classe de fármacos receitados para os problemas de sono, teve uma evolução pouco acentuada (6%) mas que era o grupo de fármacos indicados para problemas do foro psicológico com maior utilização. A nossa média de consumo está mesmo acima da observada no norte da Europa e Itália. “Os valores elevados e o aumento continuado do consumo podem significar que os tratamentos são mais prolongados do que o indicado e estão a ser utilizados em indicações terapêuticas para os quais não estão aconselhados”, pode ler-se no relatório, que lembra ainda que Portugal apresenta dos níveis de utilização de benzodiazepinas mais elevados da Europa. As benzodiazepinas são um grupo de ansiolíticos usados como sedativos, hipnóticos e relaxantes musculares. O International Narcotic Board, que funciona como um observatório internacional dos psicofármacos, aconselha as autoridades de saúde nacionais “a analisar a prática de prescrição e utilização” destas substâncias.
“Há facilitismo na prescrição...”
Mas será que os portugueses trazem um gene qualquer que os faz dormir pior, ou é o stresse e uma má qualidade de vida que nos levam a isso? “Diria que, apesar de não haver dados objetivos, os portugueses não fazem uma boa higiene de sono, visto o recurso a fármacos estar tão banalizado em Portugal”, observa Marta Gonçalves, coordenadora do Serviço de Psiquiatria e Centro de Medicina de Sono do Hospital Cuf Porto, que concorda com as observações dos estudos: receitam-se mesmo demasiados comprimidos para dormir, em Portugal. “Essa é uma das razões pela qual devemos tentar mudar o facilitismo que há na prescrição deste tipo de medicação, bem como não a fazer por períodos tão longos. Idealmente, estes tratamentos deverão ter uma duração média compreendida entre 3 semanas e 1 mês. Quem prescreve deveria preocupar-se mais com a dependência, referindo aos doentes que o seu uso prolongado não é aconselhado, o que na grande maioria das vezes não acontece. Num estudo realizado entre 2009 e 2010, numa amostra representativa da população portuguesa, 10% dizia tomar diariamente fármacos ditos ‘para dormir’. Dentro deste grupo de medicamentos, as benzodiazepinas são sem dúvida as mais receitadas. Todas, em maior ou menor grau, causam dependência (obrigando a que seja feito um desmame lento na sua retirada) e causam tolerância – que leva à necessidade do aumento progressivo das doses, para terem o mesmo efeito.”
A nova geração de benzodiazepinas não tem trazido grandes evoluções no que toca à dependência e tolerância. “Já a nova geração de medicamentos hipnóticos, não benzodiazepínicos, provoca um pouco menos de dependência e respeita mais a arquitetura do sono”, esclarece a especialista.
Riscos associados
"Independentemente do problema da dependência e tolerância, poderão surgir muitos outros no decorrer do uso, como a lentificação psicomotora e os efeitos sedativos durante o dia, com redução dos tempos de reação e possíveis acidentes de trabalho e/ou de viação",observa Marta Gonçalves.
Os comprimidos para dormir são também contraindicados em doentes com insónia que tenham também uma apneia de sono. "No caso dos idosos também há risco, pelas dificuldades de eliminação dos fármacos do organismo e pelo aumento do tempo de duração dos mesmos, podendo afetar as capacidades mentais e físicas (quedas, dificuldades na marcha, entre outras)."
"Dr., receite-me qualquer coisa...”
Marta Gonçalves não diria que se possa traçar um perfil do utilizador destes fármacos, mas avança que “é mais prescrito nas mulheres e à medida que a idade avança”. O médico de clínica geral Pedro Lopes partilha. “Temos uma procura imensa de pessoas com perturbações do sono que, muitas vezes, nem se queixam delas – procuram-nos com queixas de cansaço, falta de concentração ou ansiedade mas que, quando exploramos melhor, percebemos que têm origem em perturbações do sono. Tradicionalmente, aparecem mais mulheres, embora ache que, com a crise, o aumento dos despedimentos e situações familiares mais complicadas, começou a haver uma maior procura por parte dos homens. Aparecem pessoas cada vez mais jovens – muitos na casa dos 40 ou 45 anos e inclusivamente bem mais novos (o que não era nada frequente aqui há uns anos). As faixas etárias mais jovens lidam muito mal com o stresse, a pressão e o facto de haver desemprego, que acabam por criar perturbações de ansiedade, a principal causa das perturbações de sono.”
E são os médicos de família/clínica geral quem está na linha da frente do contacto com os pacientes. No inquérito da DECO, em metade dos casos eram eles que prescreviam os medicamentos, logo seguidos do psiquiatra. Mas 6% admitia que se automedicava. “As pessoas procuram-nos mais do que um psiquiatra ou psicólogo porque existe ainda algum estigma associado a esse tipo de apoio. Em muitos destes quadros, como têm perturbações da ansiedade associada, proponho que, a par do tratamento farmacológico, a pessoa procure, pelo menos, a ajuda de um psicólogo. Os comprimidos não resolvem os problemas, só os atenuam. Também há muita tendência para a automedicação com os medicamentos que foram receitados à amiga, vizinha, mãe, sem noção dos riscos associados. Algumas pessoas confessam-no, porque vêm pedir receitas. Ou, ao fim de algum tempo de termos prescrito o medicamento (sempre por período limitado), a pessoa continua a pedi-lo.”
Além disto, há os casos crónicos, que aparecem bastante em pessoas mais velhas. “É muito frequente encontrarmos quem já faça benzodiazepinas há muitos anos, com um grau de dependência muito difícil de ultrapassar. São pessoas que dormiriam normalmente se não tomassem medicação, mas que adormecem, acordam pouco depois, lembram-se que não tomaram e a partir daí ficam com o sono totalmente prejudicado. Há aqui um efeito placebo, associado à toma do medicamento para dormir, que não é de desprezar.”
Mais gente à procura de alternativas
Apesar de tudo, já vamos ficando mais cientes dos riscos, observa Marta Gonçalves. “Acho que os portugueses estão mais informados para os seus efeitos e cada vez mais críticos em relação à sua fácil prescrição. Diria que cada vez mais recorrem às consultas para retirar medicação prescrita desde há muitos anos, procurando outro tipo de tratamentos não farmacológicos.”
A verdade é que estes medicamentos existem por uma razão de saúde bem clara. “Claro que há situações em que deverão ser usados, se a gravidade da insónia e as consequências diurnas estão a trazer riscos aos doentes. Mas, em simultâneo, deverão ser usadas outras técnicas não farmacológicas, que na maioria das vezes nem sequer são tentadas. A meu ver, a falta de formação médica a nível do sono cria uma grande lacuna, nomeadamente nos cuidados primários. Por outro lado, o facto de ainda existirem poucos centros de sono capacitados é uma falha que é necessário superar.”
“Há variações do padrão de sono ao longo da vida e é normal”, lembra Pedro Lopes. “As pessoas têm que se habituar a lidar com isso e ter ferramentas mais naturais, em vez de seguirem o caminho mais fácil, com fármacos.”

FONTE: activa.sapo.

Fragmentos do Sono.

Interromper o sono ou dormir pouco. O que será pior?


Deitar tarde e cedo erguer ou ir para a cama a horas decentes mas acordar de hora a hora são dois comportamentos que significam uma única coisa: dormir pouco. Mas qual deles o pior?
Desde pequenos que ouvimos que “deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer”, mas infelizmente o ditado não contempla as noites em que até nos deitamos e levantamos cedo mas passamos o tempo todo a acordar e a olhar para o relógio de hora a hora. Se este comportamento faz ou não crescer, não sabemos, mas saúde não dá certamente, dizem os investigadores.
Patrick Finnan, professor de psiquiatria e ciências comportamentais na John Hopkins University School of Medicine, liderou um dos primeiros estudos que coloca frente a frente dois tipos de sono – interrompido e abreviado –, recorrendo a um grupo de 62 homens e mulheres saudáveis.
Os participantes do estudo, sem queixas prévias ao nível da qualidade do sono, passaram três dias e três noites num laboratório e tiveram de responder a perguntas sobre o seu humor assim que acordaram. Enquanto dormiam, os investigadores mediram os seus estágios de sono, de forma a documentarem quanto tempo cada participante passava nas diferentes fases, desde o sono leve ao sono profundo, todas as noites.
De forma aleatória, os investigadores escolheram um terço para ser acordado diversas vezes durante a noite e outro terço que não podia ir dormir cedo mas que podia dormir sem interrupções, permitindo ao último terço dormir ininterruptamente.
Quando Patrick Finnan comparou o humor dos três grupos, percebeu que tanto os participantes cujo sono foi interrompido como os que dormiram pouco mostraram uma diminuição no bom humor após a primeira noite. No entanto, nas noites que se seguiram, os participantes com o sono interrompido foram ficando com o humor cada vez pior e o mesmo não se verificou nos participantes que dormiam pouco.
Quando os padrões cerebrais das pessoas que foram acordadas foram observados, descobriu-se que quem acordou repetidamente não teve um sono tão profundo — estágio ligado à sensação de descanso e recuperação — como os que dormiram poucas horas mas de forma seguida.
Em declarações à Time, Finnan diz que “a queda no sono profundo, tão grande e repentina, foi associada à diminuição do bom humor, a qual foi significativamente diferente do outro grupo”. Os resultados acendem o debate sobre os efeitos que o sono pode ter nos estados depressivos. No entanto, embora a depressão já tinha sido relacionada com a falta de sono de qualidade, não se sabe se estará ligada ao sono interrompido ou ao sono abreviado.
Não passar pelo sono profundo prejudica a capacidade de recuperar e estabilizar as emoções positivas. Ou seja, se abstrair-se dos problemas pode ser difícil e fazê-lo acordar de hora a hora, tenha em atenção: dormir mal não vai fazê-lo encontrar miraculosamente uma solução, mas dormir bem vai deixá-lo mais positivo.
FONTE: Getty Images / Autora: Carolina Santos - observador.pt/

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Estudar de Madrugada.

Estudar de Madrugada – Vantagens e Desvantagens.
Confira aqui as vantagens e desvantagens de se estudar de madrugada.


Você gosta de aproveitar o silêncio da madrugada para estudar? Muitos estudantes estudam durante a madrugada por várias opções: único tempo disponível, horário que tem mais tranquilidade, por preferência ou porque é o momento da noite que consegue se concentrar melhor. O melhor horário de estudo é o que a pessoa está mais disposta e com mais energia.

Estudar de madrugada conta com várias vantagens como, por exemplo, o silêncio (todos da casa vão estar dormindo), a capacidade de concentração em algumas pessoas é maiornão há muito barulho de trânsito, entre outros.
Mas o sono é uma das principais dificuldades que os estudantes encontram. Por exemplo, se o candidato adora dormir e não precisa acordar cedo para trabalhar, ele pode aproveitar a madrugada para estudar. Mas converse com a sua família e explique a situação. Porém, se ele precisa levantar cedo para trabalhar, é melhor aproveitar a madrugada para descansar e recuperar as energias. 
Dormir bem é fundamental para quem estuda para concurso público, porque influencia na capacidade de concentração e aprendizagem.
Mas para aproveitar o tempo de estudo, a pessoa pode se programar para levantar uma hora mais cedo, por exemplo. Desta forma, consegue ganhar alguns minutos para resolver uma questão ou revisar algum ponto importante na matéria.
As pessoas que estudam de madrugada devem procurar um ambiente tranquilo, sobretudo para não incomodar as pessoas que estão dormindo. Além disso, ele devedeixar todo material separado e organizado, para que ele não perca tempo procurando, porque pode acordar alguém. Assim, o estudante deve ser como um ninja: evitar fazer barulho.
Todavia, o estudante que passa a noite inteira sobre os livros, deve compensar o tempo não dormido, tirando um cochilo pela manhã, por exemplo. Assim, estudar de madrugada requer cuidados, além de hábito. É fundamental que a pessoa veja o que é melhor para si, visando a qualidade nos estudos.
FONTE:concursosatuais.com

Dormir demais.

Como dormir demais pode
afetar a sua saúde

Sim, é possível dormir demais. E isso não faz nada bem à saúde

Pode parecer estranho que seja possível 'dormir demais', sendo que muitos de nós sentem dificuldade é de conseguir dormir o suficiente. ´
A maioria dos adultos precisa de sete a nove horas de sono por noite para se sentir bem e a ‘funcionar’ plenamente. Mas, dormir mais de nove horas além de poder esconder alguma doença também o coloca em riso de sofrer de uma série de problemas de saúde.

O Huffington Post listou sete riscos para a saúde de dormir demais:
Aumenta o risco de depressão. Um estudo realizado com gémeos em 2014 descobriu que dormir demais aumenta o risco de ter sintomas de depressão.
Pode prejudicar o cérebro. Em 2012 um estudo descobriu que entre as mulheres mais velhas, dormir demais (ou a menos) piorava a função cerebral ao longo de um período de seis anos.
Dificulta a gravidez. Uma equipe de investigadores coreanos analisou em 2013 os hábitos de sono de mais de 650 mulheres que estavam fazendo um tratamento de fertilização in vitro e descobriu que as taxas de gravidez eram mais altas entre as mulheres que dormiam entre sete e oito horas e mais baixas nas mulheres que dormiam entre nove e 11 horas.
Aumenta o risco de diabetes. Um estudo realizado em Quebec descobriu que as pessoas que dormiam mais de oito horas por noite tinham duas vezes mais propensão para desenvolver diabetes tipo 2 ou reduzir a tolerância à glucose durante um período de seis anos comparativamente a pessoas que dormiam entre sete e oito horas por noite.
Pode levar ao aumento do peso corporal. A investigação acima também avaliou o peso corporal e o ganho de gordura e descobriu que as pessoas que dormiam horas demais e as que dormiam poucas horas ganharam mais peso ao longo de um período de seis anos do que as pessoas que dormiam sete a oito horas por noite.
Pode prejudicar o coração. Uma investigação apresentada em 2012 sugeriu que dormir oito ou mias horas por noite estava ligado a um aumento do risco de problemas cardiovasculares.
Pode levar a uma morte prematura. Em 2010 uma investigação que reviu 16 estudos diferentes descobriu um aumento do risco de morte prematura entre as pessoas que dormir muito pouco ou demais. 
Com essa breve matéria já podemos entender que DORMIR BEM não pé de forma alguma dormir demais.
FONTE:noticiasaominuto.com

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Festas de fim ano.

Sono de má qualidade durante as festas de fim ano pode aumentar o risco de acidentes nas estradas.



Segundo pneumologista do HCor, o excesso de álcool e a falta de cuidados com a alimentação, por exemplo, favorecem apneia do sono, prejudicam o descanso noturno e comprometem a atenção ao volante. Para uma viagem mais segura, o médico recomenda, entre outras medidas, evitar os horários de pico de movimento nas estradas e sempre procurar dirigir descansado, sem bebida alcoólica e com as horas de sono em dia

Entre o Natal e o Ano Novo, as estradas ficam cheias e a necessidade de cuidados ao volante deve ser redobrada, sobretudo durante as viagens noturnas. O excesso de bebida alcoólica e a falta de descanso aumentam muito o risco de acidentes de trânsito. No caso de quem já sofre com problemas como a apneia do sono, a situação é ainda pior. 

Por isso, todo o cuidado é pouco. “Procure evitar os horários de pico de movimento nas estradas, viaje descansado, sem ingerir álcool e com as horas de sono em dia”, sugere o pneumologista do Centro de Medicina do Sono do HCor – Hospital do Coração, Pedro Genta. Para melhorar a qualidade do sono e garantir viagens mais seguras, o médico recomenda:




Cuidado com bebidas alcoólicas antes de dormir
Além de diminuir os reflexos e capacidade de concentração durante o dia, bebidas alcoólicas interferem no descanso noturno. Isso porque o álcool provoca relaxamento dos músculos da região da garganta e da língua durante o sono, o que aumenta, consideravelmente, as chances de apneia obstrutiva do sono e ronco ocorrerem. “Dirigir com sono ou sob efeito do álcool aumenta muito o risco de acidentes automobilísticos. Portanto, se possível, evite bebidas alcoólicas”, aconselha.


Mantenha uma dieta balanceada
O excesso de peso é o principal fator de risco para a apneia do sono. Nesta época de comemorações, é muito importante ter todo o cuidado com a alimentação. “Procure manter uma dieta saudável, em quantidade moderada”, sugere o médico. “Faça planos de, em 2016, atingir o peso ideal. Com isso, você pode reduzir o risco de diversas doenças metabólicas, como hipercolesterolemia e diabetes; cardiovasculares, como hipertensão arterial, infarto, derrame; e de apneia do sono”, recomenda o pneumologista do HCor.


Aproveite a folga do trabalho para descansar
Muitas pessoas costumam pegar uma folga do trabalho durante as festas de fim de ano. Segundo o Dr. Genta, é importante aproveitar essa oportunidade para descansar e dormir bem. “Algumas das pessoas que tiram férias entre o Natal e o Réveillon aproveitam para colocar os afazeres domésticos e as tarefas pessoais em dia. 


Outros, procuram curtir festas e eventos noturnos com os amigos”, diz o médico. “Tudo isso é natural. Porém, mesmo nos dias de folga, não podemos esquecer de descansar apropriadamente para evitar cansaço, sonolência e irritação no dia seguinte. Se dormirmos cerca de oito horas por dia, já é suficiente para dirigir bem, quando necessário, e aproveitar esse período do ano com saúde e disposição”, finaliza o pneumologista do HCor.

FONTE:maxpressnet.com

Hipersonia

Hipersonia: quando dormir não tira o sono

Distúrbio raro de sono faz com que pessoas se sintam cansadas o tempo todo, mesmo que durmam muito.




Hipersonia é distúrbio raro – tratamentos ainda estão sendo estudados
Por mais que passem o dia todo dormindo, algumas pessoas simplesmente continuam com sono. Elas se sentem cansadas toda hora e não conseguem ficar "acordadas" durante o dia sem ficar bocejando e lutando contra a exaustão.
Pessoas assim lutam contra um distúrbio raro chamado hipersonia.
"Na maioria dos casos, elas não têm dificuldade alguma para dormir. Mas o fato de dormirem não é algo que acaba com o cansaço. Elas têm problemas para se levantar e se sentem confusas e irritadas", afirmaram os pesquisadores da Associação Espanhola de Narcolepsia e Hipersonia (AEN).
Alguns dos efeitos, segundo a associação, são: fadiga, cansaço, perda de concentração e problemas de movimento.
Para lidar com o problema, as pessoas que sofrem com esse distúrbio costumam utilizar vários despertadores e alarmes para conseguirem levantar da cama no horário – e, ao se levantarem, acabam se sentindo desorientadas.
Segundo a AEN, todos esses fatores podem acabar influenciando a auto-estima, a vida social e a rotina de trabalho de quem sofre desse transtorno.
Isso porque, durante o dia, as pessoas com hipersonia têm uma sensação contínua de sonolência e, como consequência disso, diminuem seus níveis de atenção, concentração e memória.
Segundo a Associação Americana de Sono (ASA, na sigla em inglês), a hipersonia se assemelha à narcolepsia (condição neurológica de sono incontrolável) pelos sintomas, mas, enquanto muitos narcolépsicos têm problemas para dormir, quem sofre de hipersonia consegue dormir tranquilamente e até melhor do que a maioria das pessoas.
De acordo com a ASA, a hipersonia pode ser ocasionada por outros transtornos de sono e também por fatores genéticos – ou também pelo uso de certos medicamentos ou drogas.
O distúrbio também pode aparecer em pessoas que têm fibromialgia (síndrome que provoca dores em todo o corpo) ou em pessoas que sofreram danos cerebrais.
'Higiene do sono'
"É uma doença relativamente rara e só afeta 1% da população. É ligeiramente mais comum em mulheres do que em homens e normalmente só começa na idade adulta", afirma a ASA.
Para amenizar o problema, é indicado ter hábitos mais regulares de sono em ambientes adequados
Normalmente, o distúrbio é tratado com estimulantes e anfetaminas – e às vezes com antidepressivos.
"Uma 'higiene de sono' adequada é a mudança de conduta mais importante que deve ser implementada", acrescentam.
"Isso inclui o estabelecimento de horários de sonos regulares, ter um ambiente adequado para dormir e uma cama com travesseiros confortáveis, além de evitar a cafeína e outros estimulantes perto da hora de domir."
Sensação de cansaço
Mas esses conselhos não parecem ter sido muito efetivos para Danielle Hulshizer.
Ela sofre de hipersonia idiopática há anos e por isso está sempre cansada, ainda que durma a noite toda e ainda tire sestas durante o dia – o cansaço nunca desaparece.
"Se me dessem um centavo por cada vez que alguém me diz que está me achando cansada e que tenho que dormir mais, eu ficaria milionária", brincou, em entrevista à CNN.
Hulshizer conta que acorda tão cansada quanto quando foi dormir – mesmo depois de ter dormido 12 horas. Ela atribuía o cansaço ao estresse e à agenda sempre lotada, desde quando era mais nova.
Nunca pensou que pudesse ter um problema real, até que foi diagnosticada, anos depois, com hipersonia.
Pessoas com hipersonia ficam cansadas o dia todo
Possível solução
A princípio, o tratamento foi feito com estimulantes, mas depois Hulshizer começou a sofrer dores de cabeça e tremores e se sentia cansada de novo.
Foi aí que David Rye, neurologista da Emory University School of Medicine, de Atlanta, nos Estados Unidos, começou a tratá-la com um medicamento que normalmente é utilizado para acordar os pacientes de anestesias, chamado Flumazenil.
A droga teve efeito imediato – e agora está sendo estudada pelos pesquisadores.
"Foi incrível, me fez sentir que estava viva pela primeira vez. Eu me sinto como uma nova pessoa", disse Hulshizer.
Distúrbio prejudica rotina de trabalho de pessoas que sofrem dessa condição rara
Segundo a Universidade, muitos adultos que têm problemas de sonolência liberam uma substância no cérebro que atua como uma "pílula para dormir".
"Nosso estudo será um grande avanço para determinar a causa desses transtornos, ainda que seja preciso investigar se os resultados se aplicarão à maioria dos pacientes", explicou Merrill Mitler, diretora do programa no Instituto Nacional de Transtornos Neurológicos e Acidente Neurovasculares, que apoia o projeto de Rye.
"Os pacientes que têm hipersonia sofrem grande incompreensão", completou.
Tipos de hipersonia
- Hipersonia recorrente: pouco frequente (apenas 200 casos são conhecidos). Acontece entre 1 e 10 vezes ao ano.

- Hipersonia idiopática (ou primária) com sono prolongado: sonolência excessiva, constante e diária durante pelo menos três meses. O sono noturno se prolonga durante umas 12 ou 14 horas. E há grande dificuldade para acordar.

- Hipersonia idiopática (ou primária) com sono reduzido: o sono dura entre 6 e 10 horas. Os pacientes podem ter dificuldade para acordar tanto do sono noturno, quanto para sestas.

- Sono insuficiente induzido pelo comportamento: voluntário, mas não buscado diretamente, derivado de comportamentos que não permitem alcançar a quantidade de sono necessária para manter nível adequado de vigília e alerta.

- Outros tipos de hipersonia: devido a doenças (doenças neurológicas ou transtornos metabólicos, entre outros); hipersonia secundária ocasionada pelo consumo de medicamentos ou drogas.
FONTE: http://g1.globo.com/

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Atrofia Muscular.

Pais realizam sonho e adaptam skate para filha com atrofia muscular andar.


Unir o skate ao processo de reabilitação da filha, segundo a artista plástica Aline Giuliani, foi como unir dois mundos diferentes. Para o skatista profissional, Ricardo Porva, foi a realização de um sonho. A filha do casal se chama Iris Oliveira, tem 11 anos e atrofia muscular espinhal (AME), descoberta ao 1 ano e 2 meses de vida.


"Nós fixamos a gaiolinha no skate para que ela pudesse ter a liberdade de andar. Lá tem um corredor muito grande e a Íris andava com muita empolgação por ele. Até que a levamos para um estacionamento de um restaurante que fica bem próximo do centro. Lá, vimos a felicidade estampada no rosto dela. Para mim, isso não tem preço", conta a mãe.

 

Os pais usaram um skate comum, uma órtese colada nele para que ela pudesse manter os pés fixos e uma gaiola que tem rodinhas e permite que Iris fique suspensa por meio de colete de segurança e cabos. Essa técnica é conhecida por PediaSuit e de uso comum em processos de reabilitação


Iris pode se manter em pé de forma segura no skate enquanto os pais, também no skate, a acompanham. “A ideia surgiu em casa. Nós temos um trilho onde ela caminha e dá continuidade ao tratamento recebido no centro (de Pesquisa Terapêutico de Curitiba-PR). Colocamos o skate nos pés dela e ela ficou balançando e o Ricardo logo se lembrou da gaiolinha”, conta Aline

Quando era menor, Iris Oliveira ficava sentada ou deitada no skate e o pai a empurrava ou muitas vezes foi colocada nos ombros dele. "Dessa vez foi diferente, ela ficou em pé, sentiu o asfalto e o vento no rosto. A sensação que eu tive é indescritível, era como se ela fosse um passarinho e estava aprendendo a voar. Um resultado que eu não esperava", disse o pai

Iris explicou a sensação que teve ao ficar em pé pela primeira vez no instrumento de trabalho do pai com uma frase: "Foi uma sensação de liberdade e adrenalina. Quero andar mais vezes, quero continuar", disse ela.

"Não tenho o protótipo desenhado no papel, mas ele está pronto na minha cabeça. Vou procurar rodinhas maiores, mais macias e montar um skate para que ela possa treinar também em casa", conta o pai

Para Aline, o skate adaptado da filha mostrou que esporte e reabilitação podem andar juntos. Segundo ela, além de Iris outras crianças que fazem tratamento no mesmo local também usaram o skate.


Aline também tem esperança de que a medicina possa contribuir para a cura da AME. Um medicamento testado nos Estados Unidos, que recebe o nome de ISIS-SMNrx, onde crianças que fizeram o uso apresentaram melhorias no quadro clínico.


Os pais usaram um skate comum, uma órtese colada nele para que ela pudesse manter os pés fixos e uma gaiola que tem rodinhas e permite que Iris fique suspensa por meio de colete de segurança e cabos

FONTE: Erick Bollmann/UOL

Atrofia muscular

 visão geral

O que é Atrofia muscular?

A atrofia muscular ocorre quando existe a perda de tecido muscular. Os sintomas da atrofia muscular são:
  • Um dos seus braços ou pernas está notavelmente menor que o outro
  • Fraqueza em um membro
  • A pessoa anda fisicamente inativa
  • Incapacidade de se mover normalmente.

Tipos

Existem dois tipos de atrofia muscular.
  • Atrofia por desuso: Este tipo de atrofia muscular ocorre por falta de atividade física
  • Atrofia neurogênica: Este tipo de atrofia muscular é o mais grave e ocorre quando há uma lesão ou doença em um nervo que se conecta ao músculo, como esclerose lateral amiotrófica, neuropatia e poliomielite. Esta atrofia acontece de forma mais repentina do que a atrofia por desuso.

Causas

Atrofia muscular por desuso

A causa da atrofia muscular por desuso é a falta de atividade física, ou seja, os músculos não são usados o suficiente. Pessoas que trabalham sentadas, condições médicas que limitam os movimentos ou que reduzem o nível de atividades físicas. Este tipo de atrofia muscular pode ser revertida com exercíciose uma melhor nutrição. Pessoas acamadas podem ter perda de massa muscular significativa. Os astronautas que estão longe de gravidade da Terra podem desenvolver diminuição do tônus muscular depois de apenas alguns dias de ausência de peso.
ATROFIA NEUROGÊNICA
As causas desta atrofia são lesões ou doenças nos nervos que se conectam ao músculo.
Outras causas de atrofia muscular são:
  • Envelhecimento
  • Miopatia associada ao álcool (dor e fraqueza nos músculos devido ao consumo excessivo de álcool durante longos períodos de tempo)
  • Queimaduras
  • Ferimentos e ossos quebrados
  • Desnutrição
  • Lesões da medula espinhal
  • AVC
  • Corticoterapia a longo prazo
  • Esclerose lateral amiotrófica (ELA, também conhecida como doença de Lou Gehrig), que afeta células nervosas que controlam o movimento muscular voluntário
  • Dermatomiosite (doença muscular)
  • Síndrome de Guillain-Barret, uma doença autoimune que leva à inflamação do nervo e fraqueza muscular
  • Esclerose múltipla, uma doença autoimune que pode tornar difícil se movimentar
  • Distrofia muscular, uma doença hereditária que causa fraqueza muscular
  • Neuropatia, danos a um grupo nervo ou nervos, resultando em perda de sensibilidade ou função
  • Osteoartrite, a forma mais comum de artrite, reduzida provoca o movimento nas articulações
  • Poliomielite, doença viral que afeta o tecido muscular e pode levar à paralisia
  • Polimiosite, uma doença inflamatória
  • Artrite reumatoide, uma doença autoimune
  • Atrofia muscular espinhal.

 prevenção

Prevenção

Praticar atividades físicas pode contribuir para a prevenção da atrofia muscular.

 diagnóstico e exames

Buscando ajuda médica

Entre em contato com o médico se você acredita que teve uma atrofia muscular com base nos sintomas acima ou está incapaz de se mover normalmente.

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar uma atrofia muscular são:
  • Clínico geral
  • Ortopedista
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Quando a atrofia muscular começou?
  • A atrofia muscular está piorando?
  • Quais outros sintomas você tem?
  • O que parece melhorar os sintomas?
  • O que parece piorar os sintomas?
  • Você pratica atividade física?
  • Você faz tratamento para alguma doença ou condição?
  • Quais medicamentos você toma?
O médico também pode fazer um exame físico. Ele irá medir seus braços e pernas e tentar determinar quais nervos foram afetados.

Exames

Os exames que podem ser pedidos para diagnóstico e acompanhamento de atrofia muscular são:
  • Exames de sangue
  • Eletromiografia
  • Exames de ressonância magnética
  • Biópsia do músculo ou nervo
  • Estudos de condução nervosa
  • Raios-X
  • Tomografias computadorizadas
  • Eletromiografia.

 tratamento e cuidados

Cuidados

O tratamento da atrofia muscular irá depender do diagnóstico e da gravidade da perda de massa muscular. Quaisquer condições médicas subjacentes devem ser abordadas. Os tratamentos comuns para a atrofia muscular incluem:
  • Exercícios
  • Fisioterapia
  • Terapia de ultrassom
  • Cirurgia
  • Mudanças na dieta.
Os exercícios podem ser feitos na água caso a pessoa tenha dificuldades para se mover. Os fisioterapeutas podem ensinar as maneiras corretas para realizar o exercício. Um fisioterapeuta pode mover os braços e pernas do paciente caso ele tenha problemas em mexê-los por causa de uma condição médica.A terapia de ultrassom é um procedimento não-invasivo que usa ondas sonoras para ajudar na cicatrização.
A cirurgia pode ser necessária se seus tendões, ligamentos, pele ou músculos estão muito apertados e o impedem de se mover. Esta condição é chamada deformidade por contratura. A cirurgia pode ser capaz de corrigi-lo se a atrofia muscular é devido à desnutrição. O médico irá aconselhá-lo sobre nutrição adequada e sugerir suplementos alimentares adequados, se ele ou ela acredita que eles são necessários para você.

 fontes e referências

  • Departamento de Saúde dos Estados Unidos / retirado minhavida.com