quarta-feira, 28 de outubro de 2015

VILÕES.

Celulares são vilões de noites bem dormidas, diz especialista em sono.


Médico Corintho Viana deu dicas para melhorar a qualidade do sono.Assunto é tema de congresso em Porto de Galinhas, PE.

Muitas pessoas dormem pouco: seja por causa do trabalho, por insônia ou até mesmo porque 'trocam a noite pelo dia'. Como mostrou o Bom Dia Pernambuco desta quarta-feira (28), quem sofre com distúrbios do sono enfrenta problemas como noites mal dormidas e cansaço durante o dia, por exemplo.

A reportagem esteve na Zona Sul do Recife, na casa do cantor Adilson Ramos, que explicou como é a rotina de sono quando se tem shows e atividades noturnas. “Eu tenho que dormir sete horas, sete horas e meia, para me me refazer. E é no escuro -- se a claridade entrar, eu acordo”, contou.

De acordo com o médico especialista em sono Corintho Viana, ter de sete a oito horas de sono durante a noite é uma recomendação mundial, mas o tempo varia para cada um. "Tem gente que se contenta com cinco horas de sono. Menos de quatro horas e meia já é algo patológico, uma doença", comentou Viana.

Para ele, os celulares também são vilões de um sono tranquilo. As notificações dos smartphones, por exemplo, atrapalham as fases do sono. "Quando a pessoa vai chegando na fase 3 e 4, quando começa a sonhar e vai revigorando o organismo, aí desperta para atender a mensagem. Ela superficializa o sono", explicou ainda o médico.

Corintho Viana lembrou ainda de problemas como o ronco e a apneia do sono, que também atrapalham o sono, mas têm tratamento. Veja as dicas no vídeo - CLIQUE AQUI.

Congresso

O tema é assunto do Congresso Brasileiro de Sono, que chega à 15ª edição nesta quarta-feira (28), em Porto de Galinhas, no Litoral Sul do estado. O encontro vai reunir especialistas em conferências, simpósios, cursos e mesas redondas sobre o sono. O congresso segue até o sábado (31) para participar, as inscrições podem ser feitas no local. Mais informações podem ser obtidas pelo site do evento.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

ELA.

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA.

Você viu? A pouco tempo, a imprensa publicou a visita emocionada de um paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica ao Estádio do Corinthians, pelo campeonato Brasileiro da série A. ( Veja abaixo a matéria completa )

A esclerose lateral amiotrófica, ou ELA, é uma doença rara, que acomete hoje no Brasil mais de 12 mil pessoas. Nos Estados Unidos são diagnosticados cerca de 5.000 novos casos a cada ano, correspondendo a pouco mais de 13 novos casos por dia. A escassez  de estudos sobre o assunto faz com que não saibamos a incidência correta da síndrome no nosso país.

A ELA é uma das principais doenças neurodegenerativas, ao lado do Alzheimer e Parkinson. Se caracteriza como um distúrbio progressivo degenerativo de neurônios motores, isto é, neurônios que comandam os músculos das pernas, braços, músculos respiratórios e até faciais, que promovem a fala e a deglutição, e dão o estímulo que produz o movimento nessas áreas. A degeneração faz com que esses músculos percam a movimentação, e por consequência, percam massa muscular, ficando cada vez mais fracos.  O impacto disso nos músculos dos braços e das pernas é a paralisia desses membros, fazendo com que o paciente fique restrito á uma cama ou cadeira de rodas.

Já na musculatura respiratória esse efeito é ainda mais grave, pois impossibilita que o indivíduo consiga fazer força suficiente para realizar a inspiração, prejudicando assim uma respiração normal, fazendo com que o uso de aparelhos de suporte ventilatório sejam de grande importância para a sobrevida desses indivíduos, além de promover qualidade de vida.

A sobrevida de um paciente com ELA é de 3 – 5 anos em condições sem o suporte necessário na respiração. Com o uso do suporte ventilatório, essa sobrevida pode chegar até 15 anos. A CPAP&CIA trabalha com os equipamentos de suporte ventilatório das marcas lideres de mercado, e tem o diferencial de oferecer acompanhamento com Fisioterapeutas especializados para garantir o sucesso do tratamento.
Venha conhecer o nosso serviço de acompanhamento. Ficaremos felizes em receber você!


 (FONTE: Cpap&Cia - Serviços e Venda.)


Como o torcedor com doença rara viveu sonho de ver Tite e Arena Corinthians.

Diego Salgado e Júlia Zocchio


A cama de hospital em pleno camarote da Arena Corinthians pode ter passado despercebida durante a vitória do Corinthians sobre o Joinville. Após o apito final, entretanto, a história de João Marcos Andrietta, portador de uma doença rara, tornou-se maior do que qualquer resultado em campo. E emocionou jogadores do elenco alvinegro, além do técnico Tite, que encontrou-se com o torcedor antes mesmo de a bola rolar..
O domingo especial, sonhado há tempos, virou realidade para o corintiano acostumado à atmosfera da arquibancada. Aos 55 anos, longe de um estádio de futebol há sete anos por conta da ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), João, ao lado da família, lutou para assistir à vitória do Corinthians. Foram necessários seis meses de preparação para que o torcedor conseguisse acompanhar seu time de coração na nova arena
"Ele é corintiano roxo e realizou um sonho, mas devido à patologia dele, que é a morte dos neurônios motores, ele ficou impossibilitado de vir. Uma das metas dele para 2015 era assistir a um jogo na arena. Batalhamos e conseguimos", explicou Cirlene Andrietta, esposa de João Marcos, em entrevista ao UOL Esporte
Segundo Cirlene, João é um desses torcedores apaixonados pelo clube e chorou de alegria quando voltou a ver uma partida do time paulista. "Onde o Corinthians jogava, ele estava lá. Ele está com ELA desde janeiro de 2009 e rapidamente perdeu todos os movimentos. É uma doença muito cruel. A expectativa que deram para ele era de dois, no máximo três anos de vida. Estamos caminhando para sete anos", disse. 

Encontro com Tite

João se comunica apenas com os olhos e com um software, no qual usa os pés para formar palavras. Além de não conseguir falar, ele não anda, alimenta-se por meio de uma sonda gástrica e respira com a ajuda de aparelhos.
Dessa forma, o transporte até o estádio foi realizado por uma Ambulância-UTI, que deixou Salto, no interior paulista, onde ele mora, com destino a São Paulo. Nela, havia alguns profissionais que assistiram João. Alguns amigos e familiares, como as duas filhas, também viajaram à capital paulista.
Um dia antes, no entanto, Cirlene veio a São Paulo para finalizar a preparação da viagem. "Eu estive na sexta-feira lá para ver todo o trajeto, o local que ele ia ficar, para alugar uma cama por duas horas, porque não tinha como levar a cama dele para lá", explicou.
O encontro com Tite ocorreu às 9h, a duas horas do início da partida. O treinador recebeu João em um camarote do 5º andar da Arena Corinthians. "Ele tem uma admiração muito grande pelo Tite. Foi um encontro muito bonito dos dois. Ele (Tite) é uma pessoa muito especial, olhou para o João Marcos com muito amor. Foi fantástico", disse Cirlene.
O treinador chegou a citar João na coletiva pós-jogo. "É uma pessoa especial. Ela veio assistir ao jogo e tem todo o nosso carinho, toda a nossa torcida. Algumas coisas que transcendem o futebol. Eu não tenho direito de externar, mas para família toda que eu apontei é um verdadeiro sentimento", afirmou o treinador, que dedicou o terceiro gol do Corinthians ao torcedor.
João chegou a chorar em alguns momentos e pôde ver com clareza toda a partida. "Eles escolheram o camarote com melhor ângulo para ele conseguir ver o campo inteiro. Ele ficou bastante emocionado", conta Edson Fonseca, um dos enfermeiros que estiveram no local, responsável por montar a cama hospitalar.
O torcedor também conheceu todo o elenco corintiano depois da vitória por 3 a 0 sobre o Joinville. "Depois de 15 minutos, foram buscá-lo e ele foi até o vestiário. Todos os jogadores passaram e tiraram foto. Foi um presente de Deus", relembrou Cirlene.

Esperança

Além da realização do sonho, a ida à Arena Corinthians tinha a intenção de divulgar a causa. Alguns presentes ao camarote da Arena Corinthians usaram uma camiseta. Nela, havia a mensagem "Ajude Abrela", com menção à Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica, que também ajudou João a realizar o sonho.
"A doença precisa de mais pesquisa. Não se sabe de nada sobre ele. É uma luta. Nos Estados Unidos está mais avançado. Estão testando um medicamento que pode diminuir esse processo de morte do neurônio motor", explicou Cirlene.
A Ela costuma afetar pessoas acima dos 50 anos, sem causa definida. Ela é considerada rara por atingir uma a cada 50 mil pessoas no mundo. Segundo a Abrela, no Brasil há 12 mil casos da doença. No ano passado, o desafio do balde de gelo, que ganhou as redes sociais, tinha o objetivo de arrecadar fundos para pesquisa e ajuda a pacientes.
João, além de realizar o sonho de rever o Corinthians em campo, também já colocou em prática outras missões, como a de escrever livros, que trazem, sobretudo, sua ligação com a fé. "Ele é uma pessoa muito especial, muito alegre. Ele fala que tem tudo o que precisa, que não tem medo de viver e nem de morrer", finalizou Cirlene.

Apneia do sono nas mulheres !

Estudo sugere que apneia do sono causa mais problemas às mulheres..

De acordo com nova pesquisa, a apneia do sono pode ser ainda mais perigosa para as mulheres do que para os homens.

Estudos epidemiológicos vincularam a apneia do sono a doenças cardíacas entre os homens, mas as diferenças no risco para homens e mulheres foram pouco exploradas. Para o estudo atual, os pesquisadores mensuraram a qualidade do sono eletronicamente em 737 homens e 879 mulheres, com idade média de 63 anos, sem doenças cardiovasculares no começo do estudo. Eles também investigaram a presença de troponina T, proteína que pode ser liberada na corrente sanguínea se o coração sofrer uma lesão, e cuja presença em pessoas saudáveis costuma indicar risco aumentado de doença cardíaca.

Os pesquisadores acompanharam os participantes durante 14 anos, registrando eventos de aterosclerose coronariana, infarto e morte provocada por doença cardiovascular ou por outras causas. O estudo foi publicado em "Circulation".

A apneia do sono obstrutiva estava associada independentemente ao aumento de troponina T, ao infarto e à morte em mulheres, mas não em homens. E nas mulheres, mas não nos homens, a apneia do sono estava ligada ao coração dilatado, outro fator de risco para doença cardiovascular.

"A maioria das pessoas que tem apneia do sono acumula diversos outros riscos de doença cardíaca", afirmou o autor principal do estudo, Dr. Amil M. Shah, professor assistente de medicina em Harvard. 
"Porém, em mulheres, a relação entre apneia do sono e doença cardíaca persistia mesmo após a contabilização de outros riscos."
FONTE:noticias.uol. / -Nicholas Bakalar / Imegens : artista desconhecido

Jovens precisam dormir mais !

Jovens precisam dormir mais !

Atenta à saúde dos estudantes, a Associação Americana de Pediatria passou a recomendar que escolas iniciem somente após as 8h30, como possível prevenção ao risco de depressão na adolescência.

por Michele Muller
Imagens: Shutterstock/Arquivo pessoal

Novo estudo feito por uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas sugere que a privação do sono pode estar entre os principais fatores de risco de depressão entre adolescentes. De acordo com a pesquisa, publicada na edição de julho do Jornal Sleep, da Sociedade de Pesquisa do Sono, os jovens que dormem seis horas ou menos têm três vezes mais chances de ter depressão que aqueles que garantem o mínimo de nove horas diárias de sono. A pesquisa, liderada pelo médico e professor de Ciências Comportamentais Robert Roberts, investigou os hábitos de 4.175 adolescentes durante um mês e acompanhou seu comportamento quatro anos depois. Esse foi o primeiro estudo a mostrar que existe um efeito recíproco resultante da relação entre a quantidade de horas dormidas e a depressão.

Se a questão é tão significativa quanto sugerem os pesquisadores, a incidência de depressão deve ser inversamente proporcional ao número de horas que se dorme. E tudo indica que isso está acontecendo. De acordo com pesquisa realizada por uma equipe da Universidade Columbia e publicada em 2013 no Jornal Oficial da Sociedade Americana de Pediatria, o tempo de sono entre adolescentes foi reduzido no período entre 1991 e 2012. A análise de dados de 270 mil jovens americanos mostrou que o grupo que af irma dormir menos de sete horas aumentou de forma contínua nesse período de 20 anos. A maior diferença foi observada entre jovens de 15 anos: em 2012, 37% reportaram dormir menos de sete horas por noite, contra 28% em 1991.

Com isso é possível concluir que mais de um terço dos adolescentes dorme no mínimo duas horas menos que o recomendado para a idade. No Brasil, a realidade não parece muito diferente. No início desse ano, o Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente apontou que 88% dos 1.830 entrevistados não consideram seu sono satisfatório. Tanto os brasileiros quanto os americanos concluíram que os aparelhos eletrônicos estão entre os grandes vilões do sono. Os pesquisadores do Texas frisaram que o uso de mídias sociais e o aumento da demanda de estudos e da quantidade de atividades extracurriculares também podem contribuir para a queda na quantidade de horas dormidas.

Atenta à necessidade de garantir as nove ou mais horas de sono entre adolescentes, a Sociedade Americana de Pediatria publicou um novo estatuto, no ano passado, recomendando que as escolas iniciem as aulas sempre depois das 8h30. De acordo com a entidade, dessa forma os horários acadêmicos são alinhados ao ritmo circadiano do sono dos adolescentes. Portanto, não apenas compromissos e eletrônicos mantêm os adolescentes acordados: seu ciclo biológico é diferente do de crianças pequenas, sendo muito mais difícil, nessa fase, dormir e acordar cedo.

No entanto, o sistema escolar brasileiro está longe de reconhecer a importância da causa que os pediatras americanos defendem. Aqui, crianças pequenas são privadas do importante soninho da tarde, enquanto pré-adolescentes são arrancados da cama geralmente por volta das seis da manhã. Vão à escola sonolentos e no período em que deveriam estar estudando ficam livres para passear em shoppings e brincar no celular. Se nosso sistema educacional considerasse a saúde e o ritmo biológico dos estudantes como fatores que superam em importância a praticidade que os horários atuais representam para muitos pais e escolas, iria garantir mais disposição física e mental dos adolescentes, reduzindo as chances de depressão. Mais que isso: poderia provocar uma melhora no rendimento acadêmico dos alunos.

Hoje sabemos que uma boa noite de sono é fundamental para a consolidação da memória e, como consequência, para o sucesso na aprendizagem. As habilidades motoras tendem a se aprimorar em até 20% em uma única noite de sono

Hoje sabemos que uma boa noite de sono é fundamental para a consolidação da memória e, como consequência, para o sucesso na aprendizagem. A cada ano surgem novas pesquisas reafirmando a importância do sono para o bom desenvolvimento cognitivo. Recentemente, neurocientistas da Universidade de Nova York (NYU) comprovaram, em estudos com ratos, que durante o sono profundo, ou ciclo de ondas lentas (slow wage sleep), as habilidades aprendidas durante o dia são “ensaiadas” repetidamente. Essa neurorrepresentação das memórias em replay é fundamental para o fortalecimento das conexões sinápticas e, assim, para a consolidação da aprendizagem. Existem muitas evidências de que o sono é vital para a formação de vários tipos de memória. De acordo com Penelope Lewis, autora de The Secret World of Sleep (O Mundo Secreto do Sono), habilidades motoras tendem a se aprimorar em até 20% em uma única noite de sono.

Assim como é importante lembrar, é necessário esquecer. Não queremos saturar o cérebro com informações sem importância e é enquanto dormimos, mais especificamente no estágio de ondas lentas, que ocorre essa “limpeza” de dados processados durante o dia. Ao enfraquecer as conexões não significativas, o sono mantém a capacidade de armazenamento do cérebro, fundamental para as funções cognitivas.

Enquanto o sistema educacional brasileiro não considera uma adaptação de horários, o que podemos fazer é evitar, à noite, os estímulos que comprovadamente afastam os adolescentes da cama. Somente uma reorganização da rotina familiar pode garantir o mínimo de sono necessário para um melhor desenvolvimento cognitivo e social nessa fase em que a saúde mental é tão frequentemente abalada.


Michele Muller é jornalista com especialização em Neurociência Cognitiva e autora do blog neurocienciasesaude.blogspot.com.br
por Michele Muller

Imagens: Shutterstock/Arquivo pessoal

CUIDADO: Ronco é um sinal !

Ronco é um sinal de alerta para uma série de doenças.

Pessoa pode ter apneia do sono, fator de risco para outras doenças crônicas que atinge até o coração podendo levar à morte

 
Flávio Verão,Do Progresso
Doutor Luciano Silveira Rodrigues é otorrinolaringologista e médico do sono. (Foto: Flávio Verão)Doutor Luciano Silveira Rodrigues é otorrinolaringologista e médico do sono. (Foto: Flávio Verão)
Ronco frequente e alto durante à noite, sonolência excessiva durante o dia, sinais característicos de apneia obstrutiva, doença crônica e que pode desencadear uma série de outros problemas capazes de levar à morte. Mais comum em homens e a partir dos 40 anos, a doença também atinge crianças e adultos jovens e quando diagnosticada em fase inicial as chances de cura são maiores.
Marcada pelo fechamento da via aérea por alguns períodos durante o sono, a apneia obstrutiva, em função de vários fatores como, por exemplo, flacidez dos tecidos da garganta, faz com que a pessoa pare de respirar por curtos períodos durante o sono. O médico otorrinolaringologista e do distúrbio do sono Luciano Silveira Rodrigues diz que a apneia é um problema de saúde pública e o diagnóstico e tratamento é pouco presente no Sistema Único de Saúde (SUS) no país.
Existem três tipos de apneia - a central, a obstrutiva e a mista. A que mais chama a atenção da população, por ser de maior ocorrência, é a obstrutiva, quando há um colapso das vias aéreas. São várias as causas, como genético e fatores como obesidade. “No caso do obeso, o tecido adiposo depositado no pescoço diminui o fluxo de ar, assim como a língua fica maior”, explica doutor Luciano.


 Quando se fala em apneia é preciso estar atento às consequências que ela pode causar. A principal e epidemiologicamente, são doenças cardiovasculares, com mais chance de hipertensão arterial, de arritmia cardíaca. Pacientes jovens de 25 a 35 anos, segundo doutor Luciano, que começam a apresentar hipertensão, é preciso investigar se ele pode ter apneia.
Outros agravantes da apneia é que, quando existe a parada respiratória, o coração passa a trabalhar um pouco mais, para vencer a diminuição de oxigênio no organismo. Com isso, o músculo cardíaco fica mais forte e faz aumentar a pressão arterial. Esse aumento da atividade cardíaca, de acordo com o médico do sono, pode exacerbar a arritmia cardíaca - quando o coração começa a falhar, ou seja, bate de forma falha. As consequências da apneia não param por aí. A pessoa também pode apresentar dificuldades de memória e no homem ocorrer disfunção sexual e perda do libido.

Ronco
A apneia pode atingir qualquer faixa etária de idade, porém com maior incidência em pessoas a partir de 40 anos, com maior frequência em homem. Porém, mulheres a partir de 50 anos, por causa da menopausa, podem desenvolver apneia. “Quando chega na menopausa a mulher perde a tonicidade do músculo [sistema respiratório] e passa a roncar mais”, diz doutor Luciano Silveira Rodrigues, acrescentando ser comum entre as mulheres.
O ronco, segundo ele, é um ruído dos tecidos que fazem barulho no pescoço e com o passar do tempo pode ficar mais intenso e aparecer a apneia. No entanto, o ronco não necessariamente deve ser visto como apneia, devendo o paciente procurar um médico para fazer diagnóstico.
Mas segundo o especialista, o ronco já é considerado um fator de risco, sendo necessário a pessoa ou quem vive com ela ficar atenta ao comportamento. Embora quem ronca possa não apresentar apneia, esse fator pode desencadear outros problemas, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), em razão da diminuição do fluxo de sangue nas artérias.

Crianças
Embora a doença atinja em sua maioria pessoas na meia idade, crianças também tem apneia. “O que geralmente ocorre é o aparecimento de alguns tecidos nas vias aéreas, as adenóides e amígdalas, que causam uma diminuição do fluxo de ar que leva aparecimento do ronco e também a apneia”, explica doutor Luciano. Na criança as consequências são diferentes. Segundo o médico, ela causa uma agitação diurna. No adulto é ao contrário, pois surge sonolência.
Isso acontece pelos mecanismos de compensação cerebral serem diferentes entre criança e adulto. “Às vezes, na escola, a criança passa a ser titulada como hiperativa, mas essa inquietude pode estar relacionada porque ela não dorme direito. A criança tem vários colapsos respiratórios e isso causa despertares durante a noite que fragmentam o sono”, comenta o otorrinolaringologista e médico do sono.


Tratamento
A família pode perceber se durante o sono a pessoa apresenta sinais de sufocamento, características da doença. Porém, o diagnóstico preciso só é feito pelo exame conhecido como polissonografia - aquele em que o paciente é monitorizado ao longo da noite para colher informações sobre atividade cerebral, respiratório, cardiovascular, além de ser observado o movimento de membros durante o sono.
Segundo o doutor Luciano, a apneia tem tratamento e a cura espontânea é difícil. “Se for em criança, dependendo do caso, pode ser curada. No adulto, se sabe que a cirurgia de vias aéreas é questionável, mas em alguns casos, determinado, é possível ter cura”, disse ele.
Uma das formas de tratamento em adulto é a utilização de um equipamento para dormir, o cpap, que injeta ar na via aérea e elimina a apneia. O aparelho é indicado dependendo da repercussão que a doença causa no paciente, sendo mais recomendado, segundo o médico, para tratamento da apneia moderada e grave. 
Quando os sintomas são leves, há mais modalidades de tratamento, como higiene do sono, perda de peso, uso de aparelho intraoral, trabalho feito por uma equipe multidisciplinar. A recomendação é buscar um médico o quanto antes, para diagnosticar a doença e iniciar o tratamento.
FONTE:progresso.com - Flávio Verão - Do Progresso

terça-feira, 20 de outubro de 2015

APNEIA e o CÂNCER

Apneia do sono pode causar câncer

Síndrome também pode ocasionar infartos do miocárdio, derrames cerebrais e arritmias cardíacas.


Estudo realizado pela Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Toráxica (SEPAR) revela que a apneia do sono – desordem caracterizada pela suspensão da respiração durante o sono – pode incitar o desenvolvimento de células cancerígenas e, consequentemente, a elevação do crescimento de tumores. 

A falta de oxigênio (hipoxia) refere-se a um sinal recorrente da apneia e pode causar problemas cardiovasculares, como a hipertensão. O estudo foi realizado em ratos submetidos a injeções de células tumorais de melanoma e, posteriormente, divididos em dois grupos. Os primeiros foram expostos a uma hipoxia ininterrupta que simulava a apneia, enquanto os do segundo grupo receberam níveis normais de oxigênio. Após os testes, os tumores dos ratos foram extraídos e pesados, com a medição do grau de necrose dos mesmos para determinar sua agressividade. 

De acordo com o pesquisador Ramon Farré e membro do setor do sono do SEPAR, a pesquisa revelou que a ampliação do tamanho do tumor foi maior no grupo sujeito à hipoxia ininterrupta, demonstrando o peso do tumor e a necrose desses roedores maiores quase duas vezes que o dos demais. 


APNEIA DO SONO. 
A síndrome caracteriza-se pela obstrução parcial ou total das vias aéreas durante o sono, causando a apneia (interrupção completa do fluxo de ar através do nariz ou da boca por um período de pelo menos dez segundos) ou a hipopneia (redução de 30% a 50% desse fluxo). 

Os sintomas mais comuns são ronco, episódios visíveis de interrupção da respiração e sono excessivo durante o dia. O ronco pode ser demasiadamente alto e interferir com o sono de outras pessoas. Portadores de sintomas mais graves costumam acordar com sensação de sufocamento, refluxo esofágico, boca seca, espasmo da laringe e vontade de urinar. 

As consequências da síndrome vão desde as noites mal dormidas até a morte. Estudos demonstram uma associação da apneia com o aumento na incidência de infartos do miocárdio, derrames cerebrais e arritmias cardíacas. A hipertensão arterial é outra doença vinculada, sendo encontrada em 70% a 90% dos casos. 

TRATAMENTO

O tratamento é realizado a fim de manter as vias aéreas permeáveis ao fluxo de ar durante a noite. Ele pode ser feito por meio do uso de máscara (CPAP), que conectada a um compressor de ar provoca pressão positiva para forçar sua passagem através das vias aéreas superiores, durante a noite. Outra opção é a cirurgia, indicado para a remoção de obstáculos e correção de distúrbios anatômicos que dificultem a passagem de ar. Aos pacientes obesos, recomenda-se a perda de peso, assim como evitar dormir de barriga para cima (com saudeempautaonline).


FONTE: Redação Bonde

Apneia e obesidade andam juntas.

Apneia obstrutiva do sono pode estar ligada diretamente a obesidade.

Segundo o bucomaxilofacial Dr. José Flávio Torezan, o aumento do peso pode causar estreitamento da faringe e obstruir a passagem do ar. 


A apneia do sono é um distúrbio do sono grave em que a respiração para e começa repetidamente. Pessoas com a síndrome podem, inclusive, não estar cientes de que têm o problema. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de qualidade de sono ruim e 33% sofre de apneia do sono. 


"A principal causa é a obstrução do canal respiratório. Situações como obesidade, podem levar à apneia do sono por causar estreitamento da faringe e obstruir a passagem do ar", alerta Torezan. 

Além da obesidade e sobrepeso, outros fatores que podem causar a apneia obstrutiva do sono são: Circunferência do pescoço, Estreitamento das vias aéreas, Histórico familiar, Etnia, Álcool, Cigarro e Congestão nasal. 


Tratamento
 


O tratamento para apneia do sono deve ser acompanhado de mudanças no estilo de vida do paciente. "O objetivo principal do tratamento é manter as vias respiratórias abertas para que durante o sono a respiração não seja interrompida. 

Em alguns casos é indicado o uso de aparelhos odontológicos na boca durante a noite para manter a mandíbula posicionada mais para frente e impedir o bloqueio das vias aéreas e em outros casos a cirurgia é a melhor opção", conclui Torezan. Segundo o especialista, em casos mais graves é indicado a cirurgia maxilar, que melhora muito a qualidade de vida do paciente.



FONTE: bonde.com