A fraqueza muscular adquirida na UTI, conhecida como paresia do doente
crítico, é uma condição comum, persistente e, muitas vezes grave, tendo a
imobilidade ao leito como principal fator de risco para seu desenvolvimento. Em
alguns sobreviventes da UTI, a fraqueza pode persistir por até 5 anos após a
alta hospitalar. Sua incidência ocorre em 30% a 60% dos pacientes internados em
UTI e está diretamente relacionada ao maior tempo de ventilação mecânica,
estadia em UTI e hospitalar.
A imobilidade caracteriza-se pela perda de capacidade funcional, pela
restrição prescrita ou inevitável dos movimentos articulares e pela
incapacidade de mudança postural, geralmente decorrente de doenças
crônico-degenerativas, de doenças agudas graves, incapacidade ou inatividade.
Assim, para cada semana de imobilização completa no leito um individuo pode
perder de 4 a 5% de seu nível inicial de força muscular.
A tradicional conduta de manter os pacientes graves em repouso no leito
e profundamente sedados com a expectativa de não provocar instabilidade foi
efetivamente derrubada na ultima década com as publicações e novas realidades
da UTI.
Alerta: 60% dos pacientes em UTI desenvolvem infecção
O início precoce do exercício passivo e ativo em pacientes graves
internados é seguro e possível de ser realizado assim que o paciente seja
admitido na UTI e produz efeitos significativos nos desfechos clínicos, como
menor tempo de ventilação mecânica e internação, melhor estado funcional e
capacidade de deambulação na alta, redução de mortalidade e acentuada redução
de custos.
Algumas publicações expressivas já evidenciaram que a implementação de
protocolos de reabilitação precoce na UTI é custo-efetiva, mesmo considerando o
gasto incremental de equipe de fisioterapia, tecnologias e treinamentos. A
redução de custo é muito considerável devido à redução de tempo de internação e
uso da ventilação mecânica, a efetividade também se dá por ganhos funcionais e
na qualidade de vida. Uma publicação recente, realizado no Johns Hopkins
Hospital, Baltimore – EUA, demonstra que em um bom cenário de modelagem para
redução de custo, sem considerar ganhos adicionais com o aumento da
rotatividade de leitos, uma equipe de fisioterapia na UTI pode economizar USD
3.763.000,00 para cada 2000 internações. Traduzindo para uma UTI de 30 leitos
de alta complexidade e valores em reais, este cenário demonstra uma economia de
aproximadamente R$ 7.000.000,00 a cada 24 meses, ou quase R$ 300.000,00 por mês
de economia.
A sobrevida dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva
(UTI) após um quadro clínico crítico tem melhorado nos duas últimas décadas, no
entanto as complicações do paciente grave vêm se tornando alvo de estudos com
intuito de preveni-las e/ou tratá-las, com objetivo de melhorar a independência
funcional do paciente e da qualidade de vida.
Benefícios da mobilização
A realização de mobilização precoce em pacientes graves na UTI resulta
em:
1. melhora da força muscular
2. melhora a funcionalidade
3. melhora a qualidade de vida
4. reduz dias em delirium ( estado agudo confusional)
5. reduz tempo de internação em UTI e hospitalar
6. reduz tempo de ventilação mecânica
7. reduz custos hospitalares.
PS: Cicloergômetro- recurso de mobilização precoce
Alerta: 60% dos pacientes em UTI desenvolvem infecção
1. melhora da força muscular
2. melhora a funcionalidade
3. melhora a qualidade de vida
4. reduz dias em delirium ( estado agudo confusional)
5. reduz tempo de internação em UTI e hospitalar
6. reduz tempo de ventilação mecânica
7. reduz custos hospitalares.
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